Descrição do Livro
Os julgamentos feitos sobre o papel dos protestantes na sociedade moderna são contraditórios. Para uns, esse papel é benfazejo, exemplar. Para outros, é detestável, perigoso. Alguns sustentam que ele se encontra na origem das grandes democracias e do desenvolvimento econômico ocidental. Outros julgam que é responsável pelo individualismo destruidor da sociedade contemporânea e inspirador de todos os abusos do capitalismo. Eis o problema proposto: em que medida o protestantismo é um dos fatores determinantes do desenvolvimento das mentalidades modernas e das sociedades democráticas e industriais contemporâneas? Noutros termos: o que é, nessas sociedades, herança do protestantismo e o que provém de outras influências? Esse estudo fundamental de André Biéler ressalta o desafio dessas questões. Este livro de André Biéler, economista suíço, contém a visão do autor sobre o papel do protestantismo, e especialmente do Calvinismo, no desenvolvimento da sociedade e da economia, neste período que transcorre desde o século 16 até os nossos dias. Mostra quais as heranças protestantes da democracia e da economia moderna e quais os conteúdos resultantes de outras correntes de pensamento, como o Humanismo Renascentista. Acha que os desvios e as desordens sociais e econômicas decorrem, sobretudo, do fato de que, sob a influência daquele pensamento laico, os valores sociais e econômicos se tornaram absolutos, autônomos, supremos. Ele acredita que a Democracia e a Economia devem subordinar-se à Ética para que resultem numa prática de procedimentos que conduzam ao bem dos indivíduos e da sociedade. E para ele a Ética é a Ética Cristã, a que decorre da fé em Cristo. Antes de Calvino, a Reforma de Lutero já havia organizado a assistência por doença, velhice e invalidez, a fiscalização parcial dos preços contra o monopólio e a especulação, a limitação da jornada do trabalho e a instrução pública obrigatória. Desde o início da Reforma, tem a Igreja clara consciência da situação moral
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